terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Suplementos alimentares...Consumir ou não?

Olá pessoal, dei uma sumida né?!! Final de ano, Natal, Ano novo, braço engessado, sabe como é né? A vida tá uma correria. Mas iniciando o assunto do post de hoje, resolvi falar sobre os "suplementos alimentares" ou Alimentos para atletas, alimentos estes regulamentados pela Resolução RDC n° 18 de 2010.

“O suplemento dietético é caracterizado como um produto constituído de pelo menos um desses ingredientes: vitaminas, minerais ervas e botânicos, aminoácidos, metabólicos, extratos ou combinações dos ingredientes acima e, recomenda-se que suplementos dietéticos não devem ser considerados como alimento convencional na dieta (APPLEGATE & GRIVETTI, 1997).
            Muitas vezes, os suplementos dietéticos são comercializados como recursos ergogênicos, que são caracterizados como substâncias, processos, ou os procedimentos que podem, ou não percebidos como sendo capazes de melhorar o desempenho esportivo (MELVIN & BRANCH, 1998). Talvez o maior problema em todo esse contexto dos agentes ergogênicos seja o perigo de se minimizar os efeitos do treinamento físico. Na medida em que os atletas cada vez mais recorrem ao seu uso, o indivíduo comum parece ser levado a acreditar que exercício só tem efeito se associado a algum recurso ergogênico. A eficácia do treinamento associado a uma dieta balanceada parece cada vez ser mais questionada pela população (NETO, 2001)”.

A verdade é que há uma crescente preocupação da população em relação à alimentação, exercício físico, estética e saúde, a busca de um corpo perfeito, a vida corrida e a vontade de verem logo os resultados contribuem para a procura e a utilização destes suplementos, o problema é que cada dia surgem novos produtos, muitos comercializados com falsas promessas de aumentar massa muscular, aliviarem o estresse, diminuir fadiga entre outros possíveis efeitos, mas são necessários mais estudos científicos para que realmente se comprove o efeito e possíveis danos à saúde que o uso desses suplementos pode causar.
Observa-se que a utilização de suplementos nutricionais é feita sem a informação fundamental de que os mesmos nutrientes que são ingeridos em forma medicamentosa, muitas vezes em altas doses, poderiam ser fornecidos através de uma dieta balanceada, adaptada às necessidades geradas pelas atividades físicas. É preciso alertar que o consumo de determinados nutrientes em proporções elevadas pode trazer conseqüências danosas à saúde, e não podemos esquecer principalmente que esses produtos são elaborados para atletas, e não para simples praticantes de atividade física.
Diante desta intensa disputa entre os suplementos e o consumo de alimentos os nutricionistas são e devem continuar sendo os principais defensores de uma dieta nutricionalmente balanceada, para que assim não se faça necessário o uso desses produtos.
A minha opnião é a seguinte, digo isso, pois você pode ir a vários nutricionistas e de cada um você receberá uma resposta diferente sobre este assunto, a verdade é que não há um consenso entre os nutricionistas, como eu disse antes, muitos produtos e pouco estudo para provar seus benefícios, enfim, eu nunca vejo os suplementos alimentares como primeira opção, quando atendo alguém, seja para perda de peso ou ganho de massa muscular, a minha opção é a reeducação alimentar, pura e simples, com alimentos “normais” e força de vontade, se não der certo, estudo as possibilidades e se realmente for necessário prescrevo a suplementação.
Devem-se avaliar, portanto diversos parâmetros antes de concluir sobre o uso ou não destes recursos: dosagem, a resposta desta dosagem, efeitos na composição do tipo de fibra muscular, estado de treinamento do indivíduo, seu estado nutricional e o seu consumo dietético antes, durante e depois dos períodos de estudo, a modalidade do exercício, a intensidade e duração dos efeitos.
É importante ressaltar que a indicação deve ser feita de forma criteriosa e por profissionais da área de saúde capacitados, avaliando caso a caso e suas devidas especificações.  Não existe nenhum tipo de suplementação que possa compensar a falta de capacidade ou de treinamento de um indivíduo, mas é sabido que uma boa nutrição tem real influência no desempenho final do atleta ou de um simples praticante de atividade física.

Para maiores informações: PROCURE UM NUTRICIONISTA!

Referências Bibliográficas: APPLEGATE,E. A.; GRIVETTI, L. E. Searchh for the competitive edge: a history of dietary fads and supplements.Journal of Nutrition,1997; 127:869-873.                                          MELVIN, H. W; BRANCH, J. D. Creatine supplementation and excise performace: an update. Journal of the american college of nutrition, 1998; 17:216 – 234.                                                                             NETO, T. L. B. A controvérsia dos agentes ergogênicos: Estamos subestimando aos efeitos naturais da atividade física?. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia vol.45 nº. 2 São Paulo Mar./Abr. 2001.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Você sabe o que são alimentos termogênicos??

Funciona assim: Quando você ingere um alimento, o seu organismo gasta calorias para digeri-lo, a temperatura do corpo aumenta e seu metabolismo acelera, sendo assim ocorre queima de gordura. Alguns alimentos precisam de mais calorias para serem digeridos do que outros, que são chamados de alimentos termogênicos!!
Portanto, quanto maior a dificuldade em ser digerido, maior é o valor termogênico do alimento. Quanto maior este valor, maior é o gasto calórico do organismo para digeri-lo, ou seja, maior é a queima calórica.
Exemplos de alimentos termogênicos:
- Pimentões e Pimenta-Caiena (pimenta vermelha);
- Gengibre;
- Vinagre de Maçã;
- Canela;
- Guaraná em pó;
- Mostarda;
 - Algas: como a Chlorella;
- Chás Verde e Branco;
- Soja e;
- Água gelada.
É sempre importante lembrar que não é o consumo isolado de um alimento que vai nos ajudar a emagrecer ou engordar, é preciso levar em consideração todos os aspectos da sua alimentação.
Para saber as quantidades adequadas de alimentos termogênicos e como eles devem ser inseridos na alimentação, que tal procurar um nutricionista? 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Estudo aponta grande quantidade de sódio em alimentos industrializados

A quantidade de sódio encontrado na batata palha pode variar em até 14 vezes de marca para marca.  Já nos salgadinhos de milho, essa diferença chega a 12,5. É o que revela estudo apresentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 18/11, em Brasília. O estudo verificou a quantidade de sódio, gordura saturada, gordura trans e açúcares em mais de 20 categorias de alimentos industrializados.

O caso do macarrão instantâneo com tempero também chamou atenção pela grande quantidade de sódio encontrada. “Em algumas amostras ficou constatado que, ao comer uma única porção desse alimento, a pessoa está ingerindo 167% do sódio recomendado para ser consumido durante todo dia”, explica a diretora da Anvisa Maria Cecília Brito.

Quando analisados isoladamente, o macarrão instantâneo e os temperos para macarrão instantâneo, além da grande quantidade de sódio, apresentam uma grande oscilação desses teores de marca para marca. A variação chega a 7,5 na quantidade de sódio nos macarrões instantâneos e a 7,2 nos temperos.

De acordo com Maria Cecília, essa diferença encontrada nos teores de sódio, nas diferentes marcas de alimentos, comprova que a indústria pode produzir alimentos mais saudáveis. “Vamos encaminhar essa pesquisa para o Ministério da Saúde, para que seja pactuado entre Governo Federal e as indústrias de alimentos uma redução das quantidades de gorduras, açúcar e sal nos alimentos processados”, afirma a diretora da Anvisa.
Bebidas
A pesquisa da Anvisa apontou, ainda, que os níveis de sódio dos refrigerantes de baixa caloria, tanto à base de cola quanto à base de guaraná,  apresentam maiores valores de sódio em relação aos refrigerantes comuns. Nos refrigerantes de cola, a média dos teores de sódio encontrada foi de 54mg/l, enquanto nos refrigerantes de cola de baixa caloria essa média foi de 97mg/l.

Já nos refrigerantes de guaraná, os valores médios de sódio encontrados no produto convencional e no de baixa caloria foram 81 mg/l e 147 mg/l respectivamente. “Esses valores mais altos podem ser explicados pelo uso de aditivos, como o ciclamato de sódio, nos produtos de baixa caloria. Entretanto, é preciso considerar que existem limites estabelecidos e que a quantidade utilizada dessas substâncias não representa um risco para a saúde”, pondera Maria Cecília.

No caso dos sucos, bebidas com concentração de polpa da fruta entre 30 e 50%, a pesquisa indicou menor quantidade de açúcar nas amostras de suco de manga (9,8g/100ml) e maior quantidade do referido nutriente no suco de uva (14,5 g/100 ml). Já para os néctares, bebidas com concentração de polpa de fruta entre 20 e 30%, os menores índices de açúcares totais foram encontrados nos sabores de laranja, maçã e pêssego com uma média em torno de 11g/100ml. Já os néctares de uva são os campeões em teores de açúcares totais com índices que chegam à 14g/100ml.
Gorduras
Para gorduras saturadas, chama atenção a grande quantidade de marcas de alimentos com teores superiores à média encontrada na respectiva categoria.  No caso das batatas fritas, 17 das 28 marcas analisadas estavam com teores de gordura saturada acima da média.

Nas batatas palhas, 55% das marcas analisadas estavam com teores de gorduras saturadas com valores superiores à média desse nutriente para o respectivo produto. Já nos salgadinhos de milho, o maior valor encontrado de gordura saturada (2,6g/25g) foi dez vezes maior que o valor mínimo (0,25g/25g).

Nos biscoitos, o que apresentou os maiores teores de gorduras, tanto saturadas quanto trans, foram os de polvilho. “Com essas informações em mãos, que apontam tanto uma variação de nutrientes dentro de uma mesma categoria de alimentos, quanto entre categorias diferentes, fica mais clara a necessidade de o consumidor observar com atenção as tabelas nutricionais nos rótulos dos alimentos e optar por alimentos mais saudáveis”, orienta a diretora da Anvisa.
Fortificação de farinhas
O estudo da Anvisa também analisou o teor de ferro nas farinhas de trigo e de milho. O objetivo foi verificar se a fortificação obrigatória dessas farinhas com ferro e ácido fólico estava sendo cumprida. De acordo com a Resolução RDC 344/2002 da Agência, a cada 100g de farinhas de trigo e de milho, deve haver no mínimo 4,2 mg de ferro.

Os resultados apontaram que 87% das amostras de farinha, fubá e floco de milho apresentaram teor de fero inferior ao determinado. Já na farinha de trigo, 54% das amostras apresentaram resultados insatisfatórios.
Dados
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2001, 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo foi resultado de doenças crônicas não-transmissíveis.  Além disso, o aumento da pressão arterial no mundo é o principal fator de risco de morte e o segundo de incapacidades por doenças cardíacas, acidente cérebro vascular e insuficiência renal.

Já dados do IBGE indicam que, em 2009, uma em cada três crianças brasileiras na faixa de 5 a 9 anos estava com sobrepeso, sendo que a obesidade atingiu 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas.  Durante o período de 1974 a 2009, a prevalência de sobrepeso em crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos, passou de 3,7% para 21,7% no sexo masculino e de 7,6% para 19,4% no sexo feminino. Nesse mesmo período, o sobrepeso na população adulta masculina passou de 18,5% para 50,1%, enquanto que na feminina foi de 28,7% para 48%.
Metodologia
Para determinação das quantidades de sódio, gorduras saturadas e açúcares nos alimentos industrializados, foram utilizados os resultados das análises realizadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), a partir do convênio firmado com a Anvisa, e os resultados das análises do Programa de Monitoramento de Alimentos do Estado de São Paulo pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL). Ambas as análises foram 
realizadas durante o ano de 2009 com amostras coletadas no mercado.


Fonte: Anvisa

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Proteínas na Atividade Física

Ao contrário do que falei sobre os carboidratos, os praticantes de atividade física adoram as proteínas, comem exageradamente e não se importam com as consequências do consumo exagerado. A verdade é que muitos praticantes colocam a saúde em segundo plano, optam pela aparência e pelos resultados rápidos sem se importar com o que pode acontecer mais tarde com o seu corpo. O consumo excessivo de proteína está relacionado com o desenvolvimento de problemas renais e hepáticos; além de ter sido comprovado que o excesso diário de proteína na dieta, não promove um maior aumento da massa muscular, em relação ao consumo ideal para cada indivíduo. Os aminoácido ingeridos em excesso serão convertidos e armazenados  na forma de gordura ou carboidratos, e o excesso de nitrogênio excretado pela urina.
Os fatores mais importantes para otimizar o crescimento muscular , quando a pessoa pratica exercícios, são: assegurar que a resistência seja adequada, que a ingestão energética da dieta seja suficiente, que, pelo menos, uma quantidade pequena de proteínas e/ou carboidratos seja consumida imediatamente após cada sessão de treinamento  e que o indivíduo descanse bastante entre as sessões de treinamento. 
Portanto, a ingestão de proteínas deve manter a mesma proporção máxima recomendada para indivíduos saudáveis e sedentários, ou seja, 12 a 15% em relação ao valor calórico total da alimentação diária. Os alimentos fontes de proteínas (leite, iogurtes, queijos, carnes, ovos, feijões, nozes) não devem ser consumidos muito próximos do início das atividades físicas, uma vez que têm uma digestão mais lenta e, com isso, provocam o desconforto gástrico.  Alimentos ricos em proteínas devem ser consumidos distantes dos horários de atividade física e de forma fracionada, ou seja, em várias refeições ao longo do dia, garantindo o melhor aproveitamento dos aminoácidos na manutenção e formação dos músculos.     
                                                                                                       

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Carboidratos na Atividade Física

Esse é meu primeiro post, resolvi então falar sobre um macronutriente que é considerado um "vilão" para muitas pessoas, principalmente para indivíduos que praticam atividade física, pois possuem a falsa idéia que comer carboidrato engorda. Devemos sempre lembrar que não é um alimento em si, ou um nutriente que nos engorda, e sim o que comemos durante todo o dia, jamais devemos olhar nossa alimentação de uma forma isolada, focar em um único alimento, nutriente ou vitamina, devemos considerar o todo, e como ele está sendo dividido ao longo do dia.
Enfim, a alimentação tanto das pessoas sedentárias como daquelas praticantes de atividades físicas deve conter, em grande parte, alimentos que forneçam carboidratos, fontes de glicose, o principal combustível do nosso corpo. Cerca de 60 a 65% do total de calorias de uma alimentação saudável deve ser proveniente de alimentos ricos em carboidratos, a base da Pirâmide de Alimentos (pães, arroz, macarrão, batata). Esta glicose proveniente dos carboidratos é armazenada em nosso corpo sob a forma de glicogênio muscular e hepático. Os carboidratos são a matéria-prima para a produção do glicogênio que é a primeira e principal fonte de energia utilizada durante o exercício. Os estoques musculares e hepáticos de glicose são limitados e por isso é importante atentar para o consumo de carboidratos quando se pratica exercícios. De 2 a 3 horas antes das atividades físicas é importante fazer uma refeição basicamente com alimentos ricos em carboidratos ou um pequeno lanche, 1 hora antes.
Logo após as atividades físicas, o carboidrato é muito bem vindo, pois repõe os estoques de glicogênio, beneficiando assim a recuperação e a preparação dos músculos para atividades posteriores.